Fotos: Itamar Pacheco
18/04/2012
Brincadeira
de gente grande
Novo
Hamburgo – uma turma de amigos descobriu um jeito novo
de diversão, laser, de alguma forma relembrar a infância e ao mesmo tempo
aproximar os filhos de um esporte, essa galera vem se reunindo as terças-feiras
á noite e aos sábados após o meio dia, na Rotula da av. Guia Lopes, na “lomba”
que faz fundos com o Cemitério Jardim da Memória, para a prática do “DRIFT TRIKE” ou “TRIKE DRIFT”, que
consiste em fazer “triciclos” geralmente sem pedal e descer ladeiras
(asfaltadas) fazendo derrapagens e manobras, numa velocidade de até 60 km p/h,
sentados sobre esses triciclos pais e filhos parecem ter a mesma idade.
“DRIFT
TRIKE ou TRIKE DRIFT”, essa palavra não tem uma definição exata, se trata
de uma “Gíria”, a grosso modo poderíamos dizer que seria “TRICICLO PARA DERRAPAR”, essa modalidade surgiu nos USA á alguns
anos atrás e já é muito popular na Nova Zelândia, Itália, Inglaterra, Portugal
e Hungria, no Brasil está se popularizando em São Paulo e Curitiba.
Para
a produção deste “triciclo” é necessário um quadro de uma bike aro 20 ou 16,
rodas e pneus de kart, um banco plástico e a roda aro 20 ou 16 com garfo e
guidão de bike (BMX ou caloicross).
O RSesportes acompanhou nesta terça-feira 17/04/2012 mais
um encontro dessa galera, (veja fotos) e foi procurar para um bate papo um dos
“idealizadores” dessa idéia, Israel
Veríssimo, 38 anos, empresário, morador
de Novo Hamburgo e também fabricante destes triciclos.
RS: Com quem e como
surgiu essa idéia de fazer Drift Trike?
Israel: A
uns 30 dias atrás, eu, o Nei Gamba e o Beto Dresch estávamos conversando no
posto e o Nei e o Beto comentaram sobre uns vídeos na internet, eu dei uma
olhada, pesquisamos como eram produzidos e resolvemos fazer alguns.
RS: Quem produziu os
primeiros triciclos?
Israel: Nós
três, nos encontrávamos durante as noites aqui na oficina e fomos produzindo um
para cada um.
RS: E a aceitação por
parte dos amigos foi fácil ou teve algo do tipo “isso é coisa pra guri”.
Israel: Foi
muito rápida, já na primeira semana o Ricardão, Marcelo, Jean e o Ismael se
juntaram a nós.
RS: É um esporte difícil
de praticar? Tem algum risco?
Israel: Difícil
não é, claro que risco, tem em todo o esporte. Tem que começar devagar, no
início tu desce a ladeira em linha reta, depois aos poucos tu vais fazendo as
manobras, derrapagens. No início era muito tombo e muita capotagem. (risos)
RS: Ontem nós vimos que
as crianças também estão andando, tem alguma diferença do triciclo deles para
os de vocês?
Israel: As
crianças que vocês viram lá, é o Brian, meu filho e o Arthur, filho do Marcelo,
é legal pra nós esse envolvimento deles conosco, por que de uma certa forma,
conseguimos fazer com que estejam envolvidos com algum esporte, aprendendo algo
e não só trancados em casa em frente á um computador, comendo salgadinho,
(risos). Claro que nos preocupamos com a segurança deles, estamos o tempo todo
nos revezando para que eles não exagerem nas manobras e usem os equipamentos de
segurança. Quanto ao tipo de triciclo para deles, é um pouco menor e as rodas
também são menores para que não tenha tanta velocidade.
RS: É um esporte caro? Quanto custa pra produzir um triciclo destes?
Israel: Depende,
o triciclo é produzido sobre o quadro de uma bicicleta aro 20 ou seja aquelas
BMX, Caloicross, etc..., ele pode te custar entre R$ 300,00 á R$ 600,00, tudo
vai depender do material que será usado.
RS: Tu comentaste antes
sobre a preocupação com a segurança das crianças, e vocês usam os equipamentos
de segurança? Quais?
Israel: Sim,
usamos capacete, protetores de joelhos e pernas, protetor de cotovelos e ante
braços, tenis e luvas.
RS: Vocês começaram entre
três, já na primeira semana tiveram mais quatro adeptos, entre quantos já estão
praticando agora?
Israel: Já
são onze triciclos e tem sete para produzir, sendo que quatro serão de quadros
de bicicletas e três que serão produzidos do zero, para ver como ficarão.
RS: Vocês tem algo em
mente quanto á pratica deste esporte, tipo procurar outros desafios em outras
ladeiras, ou é só um passa tempo?
Israel: Espero
que não seja só uma febre, que cada vez aumente mais o número de adeptos e sim,
nossa idéia é procurar outros lugares que tenham curvas e sejam mais longos os
trajetos, para que possamos futuramente até fazermos apresentações em outros
municípios. Já até criamos um nome para a equipe, que se chamará “Nostalgia
Drift Trike”.
O entrevistado Israel Veríssimo é
proprietário de uma Oficina Automotiva e também o fabricante dos Triciclos para
a prática do “Drift Trike”, os interessados em adquirir um podem entrar em
contato com ele pelo fone 51- 9839.3637 ou pelo email
Israel.choppers@hotmail.com.
Texto:
Alexandre Fé
Nenhum comentário:
Postar um comentário